....... ...... ...... ..... As Boas vindas a todos os bichos do P@nt@no ....... ...... ...... .....

04/12/2014

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Tudo tem o seu fim e nada persiste para sempre, apenas as palavras escritas, os sorrisos no rosto dos outros e os mais subtis gestos e demonstrações de humanidade, não nos abandonam ao longo do nosso caminho.



Aos que por aqui deixaram ou encontraram um pouco …

01/11/2014

Deamon......



Esses teus olhos negros como a noite e o frio gélido da tua pele não escondem mais o demónio no qual tu te tornaste..... O meu demónio que me atormentada e sobrevive do meu sangue e desespero, não te temo e te recebo de braços abertos e peito nu. 

Te entrego a minha alma para que seja consumida e torturada para toda a eternidade, os teus dentes cravados na minha carne as tuas garras escrevam na minha pele a dor atroz, essa dor que faz parte de mim e do que me tornei. 

Tu mostras o que de vulnerável tenho em mim, procuro nesta escuridão por um ponto onde me focar mas a tua essência à minha volta me consome e baralha, se hoje não te resisto e mergulho nesse abismo que desce numa espiral vertiginosa amanhã enceno uma fuga audaciosa . Te odeio e necessito de ti na mesma...... És parte de mim e não te consigo arrancar do peito, és a minha força e a minha perdição.

18/10/2014

Em mil pedaços....

Pensamento confuso, medo irracional e sentido de sobrevivência, todos me atiram para a penumbra desse inferno que tão bem conheço e albergou o meu eu durante todo este tempo, o sangue que me corre nas veias, diluído pelo veneno já não consegue alimentar o meu desejo de vingança e ódio.
Sem rumo procuro no escuro por algo que me possa dizer para onde vou mas nada. Não vejo nada não te vejo nem sei onde te procurar, a procura por sentido me trouxe até aqui mas agora me abandona e não sei que rumo tomar, este impasse e desalento arranca a minha pele da carne ainda viva e pulsante, o tormento apesar de doloroso ainda trás algum conforto pois é algo familiar mas a ausência de rumo é penosa e dilacera a minha essência em mil pedaços.
 Como um prelúdio de desgraça a rondar a minha volta, esse teu vulto negro e putrefato me deixa descontrolado e suga todas as minhas forças, roubando tudo à minha volta e minando o futuro. Sinto a terra fugir por baixo dos meus pés e a minha alma consumida pela angústia é atormentada e rasgada em bocados que se espalham à minha volta. 

15/10/2014

Invisivel

A luz é ténue e fria, o som do vento faz lembrar o uivo de uma alcateia, este frio que se faz sentir dá vontade de aconchegar a gola do casaco na busca de conservar a temperatura corporal. As folhas agora de cores variadas numa mistura que vai do vermelho, amarelo e morre num castanho-escuro e enrugado, esse enrugado que parece a sua alma torturada ao longo estes últimos anos, num percurso nem sempre fácil mas cravado de acontecimentos que o mudaram ate se tornar no que hoje vagueia nessas ruas.
Invisível aos olhares e inexistente ao pensamento ou sentimento vagueias em busca de um pouco de conforto e calor, algo que já há muito esqueceste o que era, o conforto do tecto ou o calor dos braços e das palavras, agora tão distantes como uma história narrada num livro qualquer.
Essa falta inexplicável que te impele.... Que te obriga a abrir os olhos e caminhar será o teu tormento, o teu objetivo, o teu sonho, impedindo que te deixes vencer pela cruel verdade, e quando esta chegar ao teu corpo e à tua mente, irá te atirar de volta ao útero que te protegeu durante a tua primeira existência, diante do teu túmulo e te contrais com os joelhos no peito e o corpo de lado deitado, inspiras pela ultima vez o o noturno ar e sentes esse solo gelado, onde o teu corpo repousa.......
Abraças a verdade e percorres o teu último trajeto com o alívio de saber que agora tudo acaba e nada mais te pode tocar. Finalmente pode descansar e ser um só com o nada.

13/10/2014

Turn into ashes

Dói, sim dói querer algo e não poder ter, quando tudo em nós quer e mesmo assim tu teimas em me impedir......
Pois apenas pelo sangue, suor ferro e lágrimas tu encontras a redenção dos teus pecados, a dor que me queima a alma em nada se compara com o que te espera, essa carne que se irá desmembrar e o sangue brotar do seu interior e com uma dor dilacerante suplicarás para que o fim esteja perto mas apenas aumentará o teu martírio.....
Agora que todos os teus pecados estão expostos e a tua carne nua e ensanguentada em praça pública é exibida, o teu obsceno e mórbido desejo pelo martírio aumenta atirando esse corpo para e desafio do purgatório .... Fustigado por dezenas de demónios que te cortam mastigam e torturam fazendo caminhar sobre brasas, arrancando as tuas vísceras com os seus dedos imundos, unhas afiadas como garras perfurando os teus olhos e te dão a mastigar a tua própria carne, apenas te fazem sentir em casa pois a amargura e o desespero te são tão familiares como a tua própria respiração.
À medida que o sangue jorra deste vaso e o bater do coração se silencia, os pensamentos confusos assola a estúpida e ignorante essência, as dúvidas tomam conta da réstia de forças que este corpo ainda encerram..... Num desesperado grito e expulso os meus demónios para depois me reencontrar sozinho.....
Sozinho nesse escuro abismo atirado de um lado para o outro, por uma força que desconheço e não posso dominar, o meu ser em combustão no fogo do inferno, que me reduz a cinzas ..... 
Nada lamento ou temo, pois agora pelo menos sou algo.

Sou cinza …
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